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A
LEITURA E A ESCRITA ETAPAS
DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM A
leitura e escrita não podem ser consideradas atividades isoladas no processos
de desenvolvimento da criança. Estas duas etapas gráficas fazem parte da evolução
da linguagem que se inicia logo nos primeiros dias de vida da criança. A
primeira etapa do funcionamento verbal é a aquisição do significado. Nesta
etapa, a criança adquire a noção e a função dos objetos que a rodeiam
atribuindo-lhes um significado social. No início de sua interação com o meio
ambiente, a criança não tem noção dos objetos, nem estes, despertam qualquer
tipo de resposta emocional ou comportamental, pois não têm quaisquer
significados. É através da observação e da experimentação que a criança
relaciona os objetos aos seus respectivos significados. A
Segunda etapa é a compreensão da palavra falada. Os objetos que adquiriam
significado para a criança são associados aos seus nomes. A
terceira etapa é a expressão da palavra. Apesar da
criança já ter adquirido o significado dos objetos e a compreensão da
palavra falada, os sons emitidos por ela pouco se assemelham aos sons emitidos
pelos adultos. É a partir desta fase, que o comportamento vocal (fala) da criança
começa a se assemelhar à fala do adulto, pois a criança compara os sons que
emite aos sons falados pelos adultos e imita-os. Portanto,
a fala se desenvolve por imitação e, é neste sentido, que uma criança
surda, geralmente não passa da etapa do balbucio porque não consegue comparar
nem imitar os sons emitidos por ela com as palavras faladas pelos adultos. A
Quarta e Quinta etapas são respectivamente, a compreensão da palavra impressa
(leitura) e a expressão da palavra impressa (escrita). Estes seriam, portanto,
os estágios superiores do desenvolvimento da linguagem. Neste
processo de desenvolvimento pode-se observar que as etapas que envolvem a “
compreensão” são anteriores às etapas que envolvem a “expressão”. Aliada
a seqüencialização desta etapas há a interdependência das mesma,
acarretando com isso, que, cada etapa do desenvolvimento verbal sofra influência
da etapa anterior e influencie na etapa posterior. Desta maneira, qualquer
dificuldade e/ou problema que por ventura afete uma determinada etapa, a
posterior também será afetada. Se
a associação entre palavra impressa e
som não for realizada, a criança não poderá ler, pois as letras e as
palavras não terão correspondentes sonoros. Mas,
para ler, não basta apenas realizar a decodificação dos símbolos impressos,
é necessário que exista também, a compreensão e a análise crítica do
material. A
compreensão não é nada mais do que relacionar as palavras que são
decodificadas aos seus respectivos significados (objetos). Sem compreensão, a
leitura deixa de ter interesse e de ser uma atividade motivadora, pois nada tem
a dizer ao ‘leitor”. Na verdade só se pode considerar realmente que uma
criança lê quando existe a compreensão. Quando a criança decodifica e não
compreende, não se pode afirmar que ela esteja lendo. A
última fase do processo da leitura é a análise crítica acerca do material
impresso que foi decodificado e compreendido. Ao ser ler uma frase ou um texto,
o leitor deverá reagir às idéias impressas, as reações podem ser emocionais
ou intelectuais. Independente
do tipo de reação. Se é emocional, intelectual ou as
duas, a análise do conteúdo lido é sempre feita partindo de
referencias internos do próprio leitor. Cada indivíduo vai construindo , de
acordo com sua experiência, um referencial de idéias e pensamentos servem de
base para a realização da análise crítica. A
escrita No
que se refere à escrita, pode-se afirmar que este ato é o inverso da leitura.
Se na leitura se estabelece uma relação entre palavra impressa-
som-significado, na escrita a relação estabelecida é entre
som-significado-palavra impressa (que é o que se escreve). Ao
copiar,
iniciamos por fazer uma discriminação visual de todos os detalhes das letras e
do formato da palavra que está servindo como modelo. Depois relacionamos os símbolos
impressos – as letras e a palavras – aos respectivos sons, aos movimentos
articulatórios, aos movimentos gráficos ( traçado gráfico a ser executado),
aos significados (conceitos) e, só então, reproduzimos graficamente a palavra
modelo. No
ditado,
as palavras ditadas oralmente pela professora devem ser discriminadas e
diferenciadas auditivamente pelo aluno, depois, são associadas aos
significados, à sua forma gráfica (letras e sílabas que compõem a palavras
ouvidas e seus respectivos traçados) e, são escritas, devendo-se respeitar a
orientação têmporo-espacial. É através do processo de leitura que a forma
gráfica das palavras vai ficando registrada na memória visual. Na
redação,
as palavras são elaboradas mentalmente, associadas aos respectivos sons, aos
significados, à forma gráfica e escritos. É
através da leitura de textos, frases, palavras, que se aprendem palavras novas,
diferentes daquelas usadas em nosso linguajar corriqueiro. É através da
leitura que se percebe como se articulam as regras gramaticais e se aprendem
novos estilos de escrita. Na redação, o escritor busca dentro de si as
palavras adequadas para poder transmitir ao outro, aquilo que vivência e, a opção
da escolha de palavras e da forma como esta vão-se articulando representam, no
fundo, modelos interiorizados de inúmeras leituras que o escritor realizou
durante a sua vida. Pode-se
concluir, portanto, que em qualquer uma destas modalidades de escrita percebe-se
que a relação existente entre palavra impressa e som deve estar automatizada
para permitir que a criança se expresse graficamente. Em outras palavras, a
criança precisa saber ler para poder escrever. Se a criança lê com
dificuldade ou ainda não aprendeu a ler, de pouco lhe adiantam os exercícios
escritos já que, as palavras que ela escreve não têm correspondentes sonoro
e, não são compreendidas. Quando
se fala em distúrbios de aprendizagem envolvendo a leitura e a escrita, é
indispensável que se analise a leitura oral e silenciosa antes de se avaliar a
escrita (cópia, ditado, redação), visto serem as dificuldades de escrita, na
maioria das vezes, decorrentes de uma leitura lenta, analítica, impregnada de
trocas de sílabas ou palavras, sem pontuação nem ritmo e , incompreensível. A
PRONTIDÃO PARA APRENDER
Prontidão
significa ter um nível suficiente de preparação e interesse para iniciar uma
aprendizagem seja ela qual for. A
prontidão está intimamente ligada ao problema do treinamento precoce. Ela se
refere à capacidade da criança em empregar em determinada tarefa habilidades
iguais às exigidas pela situação. A
prontidão para a aprendizagem depende de alguns aspectos , tais como: um certo
grau de desenvolvimento mental; coordenação dos olhos suficiente para uma
clara percepção; habilidades para atender a símbolos; experiências
anteriores para que a criança possa relacionar o que lê às coisas que já
conhece; interesse ou desejo
de aprender e maturação intelectual, social, emocional, física e psicomotora. O
desenvolvimento e a evolução das funções especificas (linguagem oral, percepção
auditiva e visual, esquema corporal, orientação espacial e temporal,
lateralidade, análise-síntese, coordenação motora e a memória cinestésica
) são extremamente necessárias à preparação para a alfabetização,
por serem elas as menos conhecidas e as quais mais freqüentemente se relacionam
posteriormente com sérios problemas, como dislexia, disgrafias e disortografias. Prontidão
para aprender é a soma total das características intrapessoais que facilitam
ou retardam a aprendizagem. Existem fatores da prontidão, tais como: à
Maturação:
é um processo de crescimento interno que opera como fator fundamental básico
durante a aprendizagem. à
Experiências
passadas: essas experiências constituem a vivência da criança e hábitos que,
cremos, deve ter aprendido. à
Motivação:
além de ter maturação física e mental suficiente e uma experiência passada
adequada, para tornar a aprendizagem possível, o educando precisa querer
aprender. Quando
a criança está pronta para a alfabetização (leitura e escrita) ela deve
preencher certos requisitos, tais como: à
Aquisição
de fatos, conceitos e significados que servirão posteriormente para distinção
entre os fatos reais e os imaginários. à
Coordenação
viso-motora ®
reprodução de figuras geométricas simples , recorte, colagem, desenho e
modelagem de objetos simples e cópia de seu próprio nome, do colégio e data; à
Coordenação
auditivo-motora ®
exercícios caligráficos ritmados, executando as ordens contidas numa história; à
Discriminação
e memorização visual ®
reconhecer semelhantes e diferenças (no traçado, grandeza e posição,
utilizando desenhos e objetos e nos esquemas visuais de frases e palavras); à
ler
gravuras ( isoladas, em séries, ou seja, varias cenas de uma história); à
Capacidade
de ouvir com atenção; à
Discriminação
auditiva ®
reconhecer o som das palavras que rimam e completar com palavras adequadas uma
quadrinha; à
Capacidade
de pronúncia; à
Capacidade
de reprodução motora e gráfica de movimentos; à
Maturidade
emocional e social ®
iniciativa e desejo de realizar e prazer em participar das atividades do grupo,
atitude de cooperação e respeito, equilíbrio emocional, autoconfiança e
responsabilidade e boas maneiras; à
Fatores
físicos ®
saúde, visão e audição normais, no controle motor geral (andar, ficar em pé
e sentar-se em boa postura) e coordenação da visão, voz e das mãos. Para
iniciar a aprendizagem da leitura e da escrita, a criança precisa ter alcançado
um certo nível de desenvolvimento global, ou seja, físico, intelectual,
afetivo, social e das funções específicas. O
treinamento de funções específicas intensifica-se no decorrer do curso pré-escolar,
mas estas funções já foram iniciadas na criança desde o nascimento. É
preciso que os pais dêem apoio e incentivo para
que a criança veja na escola a alegria de descobrir um mundo novo. A
alimentação é importante pois a criança gastará muita energia. Para
o desenvolvimento da linguagem oral é preciso o diálogo, para haver uma
comunicação mais completa e eficiente com as outras pessoas. Para
que a criança seja alfabetizada é preciso que todas essas funções estejam
inter-relacionadas e organizadas.
Belém - Pará - Brasil
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