LER EM VOZ ALTA AJUDA A MEMORIZAR

Um estudo avaliando estilos de linguagem que facilitam a memorização em crianças, tese de doutorado da dra. Zilca Rossetto de Moraes, fonoaudióloga, defendida no Dpto. de Otorrinolaringologia e distúrbios da Comunicação Humana da Unifesp, mostra que a leitura de textos em voz alta pela própria criança é a melhor modalidade linguística para auxiliar na memorização e na aprendizagem.

Professores dever ser conscientizados. De acordo com a pesquisadora, o objetivo desse estudo é divulgar aos professores o estilo mais eficiente de memorização, especialmente para as crianças das primeiras séries; a pesquisa avaliou alunos da terceira série fundamental de escola de Santa Maria (RS), com idades de 8 e 9 anos.

Fases e resultados. Inicialmente, 80 crianças realizaram teste para selecionar quatro histórias que seriam utilizadas. a segunda parte, foi aplicada ess história a outras 80 crianças, divididas em quatro grupos, usando em cada um, estilos diferentes de linguagem: no primeiro grupo, a história era lida em voz alta pela criança. No segundo a leitura foi em silêncio. Em outro estilo, a pesquisadora lia a história para as crianças; no último, a história era contada sem leitura. Em todos os casos as crianças deveriam contar novamente a história para demonstrar a memorização.

Os resultados do estudo apontaram que os estilos mais eficientes foram a leitura em voz alta e a silenciosa, ambas feitas pela criança.

O desempenho. Conforme a dra. Zilca, professora do dpto. de Otorrino-fonoaudiologia da universidade Federal de Santa Maria, o melhor desempenho da leitura pelo próprio aluno em voz alta é decorrente, além de existir o estímulo visual, da utilização do estímulo auditivo, que reforça os processos de integração e evocação do texto lido; o pior desempenho ocorreu quando a pesquisadora lia a história para os alunos.

Na opinião da especialista, os resultados são importantes, visto que demonstram que a adoção de determinado estilo de linguagem pode ajudar a reduzir a dificuldade no aprendizado e diminuir índices de reprovação e evasão escolar.

Texto retirado do site: Revista a Voz do Fono